quando o mundo te devolve cansado as mudanças, não parece racional elegê-las como uma boa opção de crescimento.
quando fantástico é o sonho mais verossímil, pelo simples fato de tudo ser tão fantástico que a coisa mais simples te assombra.
quando se pega pensando no meio da produtividade das férias se melancia dá em terra fria. porque se não der, as pessoas daquele passado bem passadão não tiveram o prazer de comer melancia bem gelada. e depois concluindo que tanto faz. as de terra quente que não tinham dinheiro e/ou tempo pra passar meses num navio e partir pra rússia nunca comeram melancia bem gelada, mas também não tinham uma tevê pra ligar no domingo e se deparar com o faustão.
quando se acabar de rir é lembrar de piadas antigas e situações mais antigas ainda porque tudo que é novo te parece tão sem graça. e quando tem graça, te parece tão velho minutos depois.
quando você percebe que ainda não teve a boa vontade de parar uns segundos, procurar um livro de gramática e aprender finalmente a usar direitinho os porquês. porque para você, porque, por que, porquê e por quê é tudo a mesma coisa.
quando ver "007 e do tempo do baú" com teu pai é a única maneira de se distrair por algumas horas. e se distrair de você mesmo é a melhor e mais difícil distração que se pode existir naquele momento.
quando você estoura um pneu, desce para trocá-lo com a ajuda da luz bem fraca do único poste em quilomêtros no meio de uma das rodovias mais violentas do país e se diverte mais que em toda a viagem que deveria ter sido supimpa.
quando dá vontade de gritar tudo sem vírgulas. e se grita! mas as vírgulas tem rodeiam, te ajudam, te norteiam e fazem teu grito se acabar aos poucos, até ser voz como sempre.
quando metonímia é a figura mais usada. porque é figura de preguiça, não de beleza. é embuste linguístico. é temporário, sabemos. não demora e te voltam tuas hipérboles, tuas prosopopéias. você é arte só por ser gente. é o mundo que te pinta barão.
quando teu eu se confunde com o meu porque todo mundo é em essência só crescimento e morte, no crescimento as igualdades e diferenças. na morte só igualdades, porque até os processos que te matam são crescimento. morte é morte e não se sente.
quando morbidez, altivez e vez rima junto e te delega sentimentos, fúrias e reações. mas nunca te altera, rima não te altera, rima te mantém.
quando fantástico é você que continua sendo você mesmo, mesmo depois de milhões de mudanças físicas e comportamentais, que te reconhece e te ama de todas as maneiras. porque você só pode ser você e ninguém mais pode ser. antítese intratextual.
Wednesday, January 13, 2010
Tuesday, December 15, 2009
envelhecendo na cidade
envelhecer nunca fez parte dos meus planos (e vem acontecendo todo dia).
dessa maneira não recebo mais as mesmas ligações, pelo menos metade dos recados e dos abraços são de novos amigos.
claro que existe a necessidade de crescer junto, de envelhecer a ligação, de saber decoradinho o dia do aniversário do outro sem precisar da ajuda do orkut. de perceber pelo olhar desses amigos, rosto, expressão, tom e tudo mais o que mudou na relação de vocês, comparando com os mesmos sinais que te foram dados no ano que passou. me preocuparia que exatamente a mesma pessoa estivesse comigo um ano depois do último dia 15. mudar é socialmente aceito, biologicamente natural e me apetece muito.
da minha maneira interpretar as mudanças é como consigo manter algumas relações saudáveis. pena que as relações que valeriam a pena foram prejudicadas por mudanças. não percebidas, mas nem por isso intencionais.
amigos adiante.
especificamente num outro dia meu,
24/03 de 2008. começando um novo namoro. a primeira mensagem sobre o assunto foi mandada pra rosana, antes mesmo que eu pudesse processar a coisa, segundos depois de ter acontecido. levantei, devo ter ido ao banheiro, depois me levei pra varanda e comecei a escrever a mensagem. desde o início era dela.
esse dia é nosso gata. vamos fazê-lo o melhor, somente por nos pertencer.
ah,
te amo. e me amo também. com 20 anos, 21, 22...
feliz dezembro. feliz dia 15. feliz 2010 para nós.
ah,
só pra constar. vou ganhar três festas surpresa hoje. espero que os meninos não leiam esse post agora. tá. ainda não sei de nada e tudo me surpreenderá. obrigado. amo vocês.
dessa maneira não recebo mais as mesmas ligações, pelo menos metade dos recados e dos abraços são de novos amigos.
claro que existe a necessidade de crescer junto, de envelhecer a ligação, de saber decoradinho o dia do aniversário do outro sem precisar da ajuda do orkut. de perceber pelo olhar desses amigos, rosto, expressão, tom e tudo mais o que mudou na relação de vocês, comparando com os mesmos sinais que te foram dados no ano que passou. me preocuparia que exatamente a mesma pessoa estivesse comigo um ano depois do último dia 15. mudar é socialmente aceito, biologicamente natural e me apetece muito.
da minha maneira interpretar as mudanças é como consigo manter algumas relações saudáveis. pena que as relações que valeriam a pena foram prejudicadas por mudanças. não percebidas, mas nem por isso intencionais.
amigos adiante.
especificamente num outro dia meu,
24/03 de 2008. começando um novo namoro. a primeira mensagem sobre o assunto foi mandada pra rosana, antes mesmo que eu pudesse processar a coisa, segundos depois de ter acontecido. levantei, devo ter ido ao banheiro, depois me levei pra varanda e comecei a escrever a mensagem. desde o início era dela.
esse dia é nosso gata. vamos fazê-lo o melhor, somente por nos pertencer.
ah,
te amo. e me amo também. com 20 anos, 21, 22...
feliz dezembro. feliz dia 15. feliz 2010 para nós.
ah,
só pra constar. vou ganhar três festas surpresa hoje. espero que os meninos não leiam esse post agora. tá. ainda não sei de nada e tudo me surpreenderá. obrigado. amo vocês.
Sunday, May 24, 2009
cinco minutos encapsulado.
Bruno Amorim diz:
pára de ouvir essa musica
' david lucena diz:
eu nunca vou parar de ouvir essa música
Bruno Amorim diz:
mas eu tou mandando
Bruno Amorim diz:
[eu tenho ciúme dela ok?]
' david lucena diz:
eu também tenho
' david lucena diz:
muito
' david lucena diz:
exceto de você.
' david lucena diz:
então sinta dos outros
' david lucena diz:
e de mim não
' david lucena diz:
vou deixar repitindo
' david lucena diz:
=]
Bruno Amorim diz:
eu tou afim de ouvir
Bruno Amorim diz:
mas n vão me deixar
Bruno Amorim diz:
e vou parecer rude se parar de falar com as pessoas enquanto a musica toca
' david lucena diz:
hein?
' david lucena diz:
vc para de falar c as pessoas qd essa música toca?
Bruno Amorim diz:
sim
' david lucena diz:
eu entendo.
' david lucena diz:
eu apago as luzes, coloco o volume no máximo e fico deitado encolhidinho
' david lucena diz:
é deliciosamente doloroso
Bruno Amorim diz:
sim
Bruno Amorim diz:
é
Bruno Amorim diz:
e vai tá na primeira cena do meu primeiro trabalho
' david lucena diz:
e vai comigo pro resto da minha vida.
' david lucena diz:
um dia,
' david lucena diz:
ainda faço uma cirurgia ouvindo essa música
Bruno Amorim diz:
kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Bruno Amorim diz:
david
' david lucena diz:
eu
Bruno Amorim diz:
calma
Bruno Amorim diz:
tb naum é assim
' david lucena diz:
o q?
Bruno Amorim diz:
fazer cirurgia ouvindo isso n pode
' david lucena diz:
claro que pode.
' david lucena diz:
é a música mais viva que conheço
' david lucena diz:
não interfira na minha leitura
' david lucena diz:
eu não costumo ver a vida como potencialmente penosa
' david lucena diz:
exceto quando ouço essa música
' david lucena diz:
e ela tem o que poder de misturar meu passado e meu presente na minha cabeça.
Bruno Amorim diz:
hummmm
Bruno Amorim diz:
mas na cirurgia tem q se concentrar
Bruno Amorim diz:
e se comunicar com os outros
' david lucena diz:
numa cirurgia,
' david lucena diz:
eu vou precisar me comunicar comigo
' david lucena diz:
com meus conhecimentos
' david lucena diz:
com minha consciência de que não vou estar abrindo um controle remoto para consertá-lo
' david lucena diz:
não é o silêncio que me concentra
' david lucena diz:
mas sim a familiaridade
Bruno Amorim diz:
hummm
Bruno Amorim diz:
então tá
' david lucena diz:
não conheço os protocolos. a parte ética da coisa.
' david lucena diz:
mas com certeza faria se pudesse.
' david lucena diz:
é pessoal, it's personal.
' david lucena diz:
=]
pára de ouvir essa musica
' david lucena diz:
eu nunca vou parar de ouvir essa música
Bruno Amorim diz:
mas eu tou mandando
Bruno Amorim diz:
[eu tenho ciúme dela ok?]
' david lucena diz:
eu também tenho
' david lucena diz:
muito
' david lucena diz:
exceto de você.
' david lucena diz:
então sinta dos outros
' david lucena diz:
e de mim não
' david lucena diz:
vou deixar repitindo
' david lucena diz:
=]
Bruno Amorim diz:
eu tou afim de ouvir
Bruno Amorim diz:
mas n vão me deixar
Bruno Amorim diz:
e vou parecer rude se parar de falar com as pessoas enquanto a musica toca
' david lucena diz:
hein?
' david lucena diz:
vc para de falar c as pessoas qd essa música toca?
Bruno Amorim diz:
sim
' david lucena diz:
eu entendo.
' david lucena diz:
eu apago as luzes, coloco o volume no máximo e fico deitado encolhidinho
' david lucena diz:
é deliciosamente doloroso
Bruno Amorim diz:
sim
Bruno Amorim diz:
é
Bruno Amorim diz:
e vai tá na primeira cena do meu primeiro trabalho
' david lucena diz:
e vai comigo pro resto da minha vida.
' david lucena diz:
um dia,
' david lucena diz:
ainda faço uma cirurgia ouvindo essa música
Bruno Amorim diz:
kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Bruno Amorim diz:
david
' david lucena diz:
eu
Bruno Amorim diz:
calma
Bruno Amorim diz:
tb naum é assim
' david lucena diz:
o q?
Bruno Amorim diz:
fazer cirurgia ouvindo isso n pode
' david lucena diz:
claro que pode.
' david lucena diz:
é a música mais viva que conheço
' david lucena diz:
não interfira na minha leitura
' david lucena diz:
eu não costumo ver a vida como potencialmente penosa
' david lucena diz:
exceto quando ouço essa música
' david lucena diz:
e ela tem o que poder de misturar meu passado e meu presente na minha cabeça.
Bruno Amorim diz:
hummmm
Bruno Amorim diz:
mas na cirurgia tem q se concentrar
Bruno Amorim diz:
e se comunicar com os outros
' david lucena diz:
numa cirurgia,
' david lucena diz:
eu vou precisar me comunicar comigo
' david lucena diz:
com meus conhecimentos
' david lucena diz:
com minha consciência de que não vou estar abrindo um controle remoto para consertá-lo
' david lucena diz:
não é o silêncio que me concentra
' david lucena diz:
mas sim a familiaridade
Bruno Amorim diz:
hummm
Bruno Amorim diz:
então tá
' david lucena diz:
não conheço os protocolos. a parte ética da coisa.
' david lucena diz:
mas com certeza faria se pudesse.
' david lucena diz:
é pessoal, it's personal.
' david lucena diz:
=]
Monday, March 30, 2009
Um Crime Mundial
Não como Leaving New York numa noite de sexta-feira após uma longa semana de provas.
Tão masoquista quanto clássico.
É um tipo de tortura necessária. O homem que o faz por si e espera ansioso a chance de externar seus traumas, suas dores. O bode expiatório se coloca em sua frente a cada esquina.
Maldade inerente. Maldade de difícil percepção. É fácil ser o que querem, padronizar-se. E é este o grande perigo de ter na bondade e no coleguismo qualidades essenciais para uma boa aceitação social.
Eu admiro aqueles que se vestem de egoísmo e de desumanidade, quando o são. Dão-nos a oportunidade de nos afastar e de perceber o quanto podem nos fazer mal.
"Um Crime Americano" é um filme interessante. Há anos não sentia o que senti ao vê-lo. Falta de ar, desânimo absoluto, revolta, medo. E saudades de tudo que já me fez feliz. É duro admitir que por vezes é necessária a dor de um outro para que percebamos as nossas próprias dores e o nosso desejo de sermos felizes.
Tão forte quanto o desapego e/ou o descrédito com os próprios sentimentos é a necessidade de vez ou outra termos algum contato com o pior lado das piores pessoas, para que percebamos uma série de verdades. "Um Crime Americano" me tirou horas de paz. Horas do dia de ontem, horas do dia de hoje e, gostaria eu, horas do dia de amanhã, já que é fato e biológico que além de se adaptar a traumas físicos, nosso corpo e mente é uma máquina eficiente em adaptar-se a traumas, medos e desiluções. Mais do que a maioria das pessoas pensa que é, e provavelmente, mais do que deveria ser.
Bem, o filme em questão procura contar a história de Sylvia Likens, uma adolescente que é mantida num porão por algumas semanas. Torturada de várias maneiras, morre de choque e hemorragia cerebral. A Necrópsia revelou mais de 150 lesões. O filme, [como provavelmente cada uma das pessoas que conheço. E eu, mais vezes do que gostaria] comete alguns erros, como uma manobra ridícula e desnecessária que nos leva a uma falsa percepção. O diretor joga com os sentimentos do espectador com a clara intenção de entretê-lo, o que se torna cruel, já que estamos falando de um filme baseado em fatos reais e em um dos piores crimes já cometidos a uma só pessoa.
É um filme forte e potencialmente verdadeiro. É a desumanidade de uns imprimindo e forçando a humanidade de outros. E eu espero apenas que algo assim aconteça, e que ajude minimamente para que a morte dessa menina e de tantos outros, procure alguma explicação.
Tão masoquista quanto clássico.
É um tipo de tortura necessária. O homem que o faz por si e espera ansioso a chance de externar seus traumas, suas dores. O bode expiatório se coloca em sua frente a cada esquina.
Maldade inerente. Maldade de difícil percepção. É fácil ser o que querem, padronizar-se. E é este o grande perigo de ter na bondade e no coleguismo qualidades essenciais para uma boa aceitação social.
Eu admiro aqueles que se vestem de egoísmo e de desumanidade, quando o são. Dão-nos a oportunidade de nos afastar e de perceber o quanto podem nos fazer mal.
"Um Crime Americano" é um filme interessante. Há anos não sentia o que senti ao vê-lo. Falta de ar, desânimo absoluto, revolta, medo. E saudades de tudo que já me fez feliz. É duro admitir que por vezes é necessária a dor de um outro para que percebamos as nossas próprias dores e o nosso desejo de sermos felizes.
Tão forte quanto o desapego e/ou o descrédito com os próprios sentimentos é a necessidade de vez ou outra termos algum contato com o pior lado das piores pessoas, para que percebamos uma série de verdades. "Um Crime Americano" me tirou horas de paz. Horas do dia de ontem, horas do dia de hoje e, gostaria eu, horas do dia de amanhã, já que é fato e biológico que além de se adaptar a traumas físicos, nosso corpo e mente é uma máquina eficiente em adaptar-se a traumas, medos e desiluções. Mais do que a maioria das pessoas pensa que é, e provavelmente, mais do que deveria ser.
Bem, o filme em questão procura contar a história de Sylvia Likens, uma adolescente que é mantida num porão por algumas semanas. Torturada de várias maneiras, morre de choque e hemorragia cerebral. A Necrópsia revelou mais de 150 lesões. O filme, [como provavelmente cada uma das pessoas que conheço. E eu, mais vezes do que gostaria] comete alguns erros, como uma manobra ridícula e desnecessária que nos leva a uma falsa percepção. O diretor joga com os sentimentos do espectador com a clara intenção de entretê-lo, o que se torna cruel, já que estamos falando de um filme baseado em fatos reais e em um dos piores crimes já cometidos a uma só pessoa.
É um filme forte e potencialmente verdadeiro. É a desumanidade de uns imprimindo e forçando a humanidade de outros. E eu espero apenas que algo assim aconteça, e que ajude minimamente para que a morte dessa menina e de tantos outros, procure alguma explicação.
Monday, October 20, 2008
uma verdade.
Quero, agora, estar deitado completamente nu com você me beijando. Comece pela boca e pare nas pernas. Vá e volte.
Boca, queixo, pescoço, peito, barriga...
Você queria uma verdade.
É minha verdade mais urgente.
Tava na ponta do meu centro de linguagem pronta pra pular até a boca, escorregar pela língua, bater no lábio inferior, quicar até o superior e fazer todo o caminho até teu ouvido.
Ou mais especificamente, por impulsos nervosos e mais um monte de processos, mexer meus dedos coordenadamente e fazer uns pedaços brancos da tela se tornarem pretos, criando outra espécie de linguagem pra te fazer entender o que meus olhos, boca, coração, pernas e tantas outras partes do meu corpo tentam dia-a-dia, minuto-a-minuto, hífen-a-hífen te dizer.
Q u e r o.
Unir essas letras que no teclado ou no cérebro não estão tão unidas quanto no meu mais nobre contexto pra deixar minha excitação atravessar esses quilômetros que nos separam e cair sinestesicamente no teu colo. Vírgulas não me cabem mais. Talvez você queria tomar fôlego, eu só posso esperar correndo em volta de você.
O Z e o X estão ali tão pertinho e normalmente não se encontram na mesma palavra, talvez por algum nível de inimizade. Quem sabe o Z não paquerou uma certa letrinha que fazia o X virar A, M, O ou até R de tanto que a deixava atônita, ser ar, sem papel ou o que seja.
Por mais que você tenha dito que não é possível, sabe o que andam contando à boca miúda por aí? O H, que tava ficando com o L, foi visto com o N numa dessas festiNHas que acontece nas quartas-feiras chuvosas ou nos domingos que quase ninguém cita quando perguntam "qual teu dia favorito?"
Tá vendo? Só podemos confiar nos nossos S's, F's e U's mesmo. Esses que andam nessas ruas, que se escondem junto com a noite não merecem um J q seja.
Bah. o quanto te cansa muita letra junta? o quanto te cansa muito carinho junto? o quanto te cansaria, ou tiraria todo teu interesse se eu admitisse que carinho e letra só me apetecem no mais excessivo dos excessos?
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
Pronto. Agora junta esse monte de letrinha e lê tudo ao pé do meu ouvido.
Boca, queixo, pescoço, peito, barriga...
Você queria uma verdade.
É minha verdade mais urgente.
Tava na ponta do meu centro de linguagem pronta pra pular até a boca, escorregar pela língua, bater no lábio inferior, quicar até o superior e fazer todo o caminho até teu ouvido.
Ou mais especificamente, por impulsos nervosos e mais um monte de processos, mexer meus dedos coordenadamente e fazer uns pedaços brancos da tela se tornarem pretos, criando outra espécie de linguagem pra te fazer entender o que meus olhos, boca, coração, pernas e tantas outras partes do meu corpo tentam dia-a-dia, minuto-a-minuto, hífen-a-hífen te dizer.
Q u e r o.
Unir essas letras que no teclado ou no cérebro não estão tão unidas quanto no meu mais nobre contexto pra deixar minha excitação atravessar esses quilômetros que nos separam e cair sinestesicamente no teu colo. Vírgulas não me cabem mais. Talvez você queria tomar fôlego, eu só posso esperar correndo em volta de você.
O Z e o X estão ali tão pertinho e normalmente não se encontram na mesma palavra, talvez por algum nível de inimizade. Quem sabe o Z não paquerou uma certa letrinha que fazia o X virar A, M, O ou até R de tanto que a deixava atônita, ser ar, sem papel ou o que seja.
Por mais que você tenha dito que não é possível, sabe o que andam contando à boca miúda por aí? O H, que tava ficando com o L, foi visto com o N numa dessas festiNHas que acontece nas quartas-feiras chuvosas ou nos domingos que quase ninguém cita quando perguntam "qual teu dia favorito?"
Tá vendo? Só podemos confiar nos nossos S's, F's e U's mesmo. Esses que andam nessas ruas, que se escondem junto com a noite não merecem um J q seja.
Bah. o quanto te cansa muita letra junta? o quanto te cansa muito carinho junto? o quanto te cansaria, ou tiraria todo teu interesse se eu admitisse que carinho e letra só me apetecem no mais excessivo dos excessos?
10
9
8
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3
2
1
Pronto. Agora junta esse monte de letrinha e lê tudo ao pé do meu ouvido.
Friday, March 21, 2008
Crisnia.
Apenas eu, você e aqueles jorros de luzes. Algum espírito brilhante me empurra ao encontro de vários sentimentos novos. Eu juro que consigo sentir.
Todo esse vento... Poesia.
Eu consigo ver partir minhas expectativas.
Não!
Eu não quero mais nada que não seja novo, forte e paupável.
Eu quero transcender!
Sentir que o mundo pode ser meu. Trocar o senso de pertencer pela incrível possibilidade de ter o mundo aos meus pés. E ser dona de cada ação, cada mínimo movimento dos meus cabelos, cada mudança e cada reparação que é perfeitamente controlada por mim. Troco a Condescendência pelo controle.
naquele lugar,
naquela noite,
onde meus limites se auto-estrangularam,
você se aproxima lento e tão tão tão pequeno que me dá pena, e acaba por quebrar solicitamente meu devaneio.
-Oi, tudo bem?
-Agora? Finalmente consigo entender o porquê de eu estar aqui. [palavras num novo tom de voz seco e úmido ao mesmo tempo; e um sorriso estranho, um sorriso que anteriormente não era meu. Vivo como cada uma das minhas células! O melhor que eu já tive]
-[b]Quem é você?[/b]
-Com certeza mais do que preciso ser.
vejam.
não que seja necessário,
eu poderia ser cada coisa que quisesse.
mas naquele noite não! Ser a melhor me bastaria. Ser única e suficinte para tudo que sou eu!
Mediocridade pro lixo! Agora é tudo ou nada.
com licença,
eu preciso ir, já começa a amanhecer.
te amo minha praaaima =]
Todo esse vento... Poesia.
Eu consigo ver partir minhas expectativas.
Não!
Eu não quero mais nada que não seja novo, forte e paupável.
Eu quero transcender!
Sentir que o mundo pode ser meu. Trocar o senso de pertencer pela incrível possibilidade de ter o mundo aos meus pés. E ser dona de cada ação, cada mínimo movimento dos meus cabelos, cada mudança e cada reparação que é perfeitamente controlada por mim. Troco a Condescendência pelo controle.
naquele lugar,
naquela noite,
onde meus limites se auto-estrangularam,
você se aproxima lento e tão tão tão pequeno que me dá pena, e acaba por quebrar solicitamente meu devaneio.
-Oi, tudo bem?
-Agora? Finalmente consigo entender o porquê de eu estar aqui. [palavras num novo tom de voz seco e úmido ao mesmo tempo; e um sorriso estranho, um sorriso que anteriormente não era meu. Vivo como cada uma das minhas células! O melhor que eu já tive]
-[b]Quem é você?[/b]
-Com certeza mais do que preciso ser.
vejam.
não que seja necessário,
eu poderia ser cada coisa que quisesse.
mas naquele noite não! Ser a melhor me bastaria. Ser única e suficinte para tudo que sou eu!
Mediocridade pro lixo! Agora é tudo ou nada.
com licença,
eu preciso ir, já começa a amanhecer.
te amo minha praaaima =]
Thursday, December 20, 2007
[L] Lyg.
O que eu faço com essa saudade? O que eu faço com esse grande desejo de ter feito mais, de ter dito mais vezes o quanto ela É especial?
Eu poderia tê-la visto naqueles domingos, naquelas terças, nós poderíamos ter visto cada um daqueles filmes que ela tanta gostava.
Eu poderia ter mostrado mais fotos para ouvir sempre um "tá lindo", tanto quanto eu poderia ter dito mais vezes o quanto ela É linda.
Ela É a melhor de todas, nenhum sorriso é igual àquele, nenhum abraço consegue passar metade da segurança, da sinceridade e do carinho que o dela passava.
é tão pra sempre menina...
que eu estou aqui, contigo.
Eu poderia tê-la visto naqueles domingos, naquelas terças, nós poderíamos ter visto cada um daqueles filmes que ela tanta gostava.
Eu poderia ter mostrado mais fotos para ouvir sempre um "tá lindo", tanto quanto eu poderia ter dito mais vezes o quanto ela É linda.
Ela É a melhor de todas, nenhum sorriso é igual àquele, nenhum abraço consegue passar metade da segurança, da sinceridade e do carinho que o dela passava.
é tão pra sempre menina...
que eu estou aqui, contigo.
Wednesday, December 19, 2007
all that jazz. all that pictures. all that friends
George diz:
num tem como "desaprender"
George diz:
aí vamos eu e tu..
George diz:
eu fantasiado de "angústia" e tu de "solidão"
George diz:
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
lyg diz:
vaidoso como sempre
lyg diz:
e sedutor como nunca!
.this charming man diz:
;)
.this charming man diz:
"só presta assim"
.this charming man diz:
=D
lyg diz:
só gosto assim
J e n n i f e r ; diz:
te amo muito
J e n n i f e r ; diz:
não esquece nunca disso
.this charming man diz:
não
.this charming man diz:
eu sei^^
.this charming man diz:
nosso amor suuuper forte, gordo e recíproco.
.this charming man diz:
[L]
J e n n i f e r ; diz:
total meu lindo
.this charming man diz:
vamos adentrar umas matas por aí
Carol diz:
adentrar matas por aki?
Carol:
e quem vai se aventurar?
.this charming man diz:
tu, Tavinho e eu
Carol diz:
eu vou ficar com medo!
.this charming man diz:
vai nada.
.this charming man diz:
:P
Carol diz:
vou sim! preciso de alguem bem corajoso pra me defender de tds os bichos maleficos e carnivoros
.this charming man diz:
¬¬'
.this charming man diz:
pode ter certeza q vc vai ter um homem do seu lado
Carol diz:
uiaaaaaaaaa
Carol diz:
sendo assim posso pensar
cademello diz:
hmmmm
cademello diz:
esperava mesmo uma dessas...
cademello diz:
tentar fazer um filho infinitamente
devorador de milkshakes diz:
e principalmente no preço que tá o morango né?
devorador de milkshakes diz:
pq aí.
devorador de milkshakes diz:
é matar a vontade. o desejo mesmo! nas amizades
devorador de milkshakes diz:
jogar nesse campo as frustrações quanto ao n consumo do morango
devorador de milkshakes diz:
[que tanto nos apetece]
[b][ paulo ] -[/b] diz:
claro! e não nos iludirmos comendo pasta de dente
[b][ paulo ] -[/b] diz:
ou desejando cream cracker com margarina
devorador de milkshakes diz:
isso é coisa de quem tá vendo muita televisão
devorador de milkshakes diz:
jura que me ama e que vai me ligar todo dia até o fim das nossas vidas?
Rosana "aquela porcaria do maracatu nação-pernambuco mesmo, para mim, é macumba para turista" diz:
juro, mas só vou ligar todo dia se tiver crédito.. se não tiver eu mando mensagem... pode ser assim?
devorador de milkshakes diz:
pode sim
pode devorador de milkshakes diz:
super combinado.
devorador de milkshakes diz:
tu é lesa mas eu te amo.
Rosana "aquela porcaria do maracatu nação-pernambuco mesmo, para mim, é macumba para turista" diz:
mas assim... e tu? vai fazer nada por mim não?
devorador de milkshakes diz:
vou t chamar d gostosa todo dia
Janaína diz:
gostosoooooooooooooooooooooooooo
Janaína diz:
meu milkshake é vc!!!
devorador de milkshakes diz:
tu q eh!
devorador de milkshakes diz:
caramba.
devorador de milkshakes diz:
essa mulher me deseja...
Janaína diz:
naum soh desejo como tenho
Janaína diz:
e naum me canso de experimentar
devorador de milkshakes diz:
o que é uma pessoa consciente
devorador de milkshakes diz:
,
devorador de milkshakes diz:
não é mesmo minha gente?
Teo diz:
gordinho
Teo diz:
:*
devorador de milkshakes diz:
pusque adoro receber mordidas no pescoço de mulheres lindas que tem a barriga linda e ainda super fofas e pá e pei e pow
Mahaila (Miau) no Buda Bar, dia 16/12, domingo, a partir das 18:00h. Rua Harmonia, 112 - Vila Madalena =D diz:
HAHAHAHAHAHAH
Mahaila (Miau) no Buda Bar, dia 16/12, domingo, a partir das 18:00h. Rua Harmonia, 112 - Vila Madalena =D diz:
super fofas e tudo e pá e pei e pow
Mahaila (Miau) no Buda Bar, dia 16/12, domingo, a partir das 18:00h. Rua Harmonia, 112 - Vila Madalena =D diz:
adoreiiiiiii! hahahahah
Mahaila (Miau) no Buda Bar, dia 16/12, domingo, a partir das 18:00h. Rua Harmonia, 112 - Vila Madalena =D diz:
você e um delício mesmo!
Mahaila (Miau) no Buda Bar, dia 16/12, domingo, a partir das 18:00h. Rua Harmonia, 112 - Vila Madalena =D diz:
[L]
Sunday, November 04, 2007
putaquepariucaralhobuceta.
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.
Drummond.
Título e conteúdo. Meu atual grande dilema...
=] _|_ ^^
Muitas daquelas luzes continuam acesas. [estranho vê-las assim e não poder ter certeza que estão falando a verdade]
mexilhão de idéias, canetas da verdade, água, sexo, dia azul, noite preta...
é complicado.
[será que eu sou mental?]
bah
beijinho na bunda de Piu, Rosana [nas alturas], Condinho e Irene.
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.
Drummond.
Título e conteúdo. Meu atual grande dilema...
=] _|_ ^^
Muitas daquelas luzes continuam acesas. [estranho vê-las assim e não poder ter certeza que estão falando a verdade]
mexilhão de idéias, canetas da verdade, água, sexo, dia azul, noite preta...
é complicado.
[será que eu sou mental?]
bah
beijinho na bunda de Piu, Rosana [nas alturas], Condinho e Irene.
Sunday, September 16, 2007
[torre?!] blogando
Como tem sido difícil. [e a culpa não é nem um pouco minha]
[O vento - Los Hermanos]
É isso? =\
Blogando.
Tem que blogar?Tem gente que quer ler, saber como estou, vivo, morto, sadio, namorando, feliz. Tem gente que pede pra eu blogar. Tem gente pra tudo nesse mundo. Nesse mundo tem lugar pra todo tipo de gente. [É. Eu estou no meio do todo tipo de gente. É, no meio, mais pro lado esquerdo]
Celular, anel, apostilas, a mesma bolsa de Sempre...
Minha irmã acabou de dizer que me ama no msn. Eu disse que também a amo, pensando em como é ruim estar longe das pessoas que amamos. [-"longe"]
Quero visitá-la, quero poder pegar um carro e ir de encontro ao que eu quiser, quero ter "pra sempre" o que deve ser pra sempre, quero saber onde posso encontrar o que desejo
Ontem coquetel molotov [e o de sempre, que tanto tem me enjoado] [Ei! Obrigado por ter ido. Sem você eu estaria gritando] [Tá?]
1. 1- =* na anteperna
2- =* na bochecha esquerda
3- =* no nariz
2. Um sorvete naquele barzinho perto da praça que fica depois da parada correta.
=]
Isso sim é estar feliz.
[O vento - Los Hermanos]
É isso? =\
Blogando.
Tem que blogar?Tem gente que quer ler, saber como estou, vivo, morto, sadio, namorando, feliz. Tem gente que pede pra eu blogar. Tem gente pra tudo nesse mundo. Nesse mundo tem lugar pra todo tipo de gente. [É. Eu estou no meio do todo tipo de gente. É, no meio, mais pro lado esquerdo]
Celular, anel, apostilas, a mesma bolsa de Sempre...
Minha irmã acabou de dizer que me ama no msn. Eu disse que também a amo, pensando em como é ruim estar longe das pessoas que amamos. [-"longe"]
Quero visitá-la, quero poder pegar um carro e ir de encontro ao que eu quiser, quero ter "pra sempre" o que deve ser pra sempre, quero saber onde posso encontrar o que desejo
Ontem coquetel molotov [e o de sempre, que tanto tem me enjoado] [Ei! Obrigado por ter ido. Sem você eu estaria gritando] [Tá?]
1. 1- =* na anteperna
2- =* na bochecha esquerda
3- =* no nariz
2. Um sorvete naquele barzinho perto da praça que fica depois da parada correta.
=]
Isso sim é estar feliz.
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