Monday, October 20, 2008

uma verdade.

Quero, agora, estar deitado completamente nu com você me beijando. Comece pela boca e pare nas pernas. Vá e volte.
Boca, queixo, pescoço, peito, barriga...



Você queria uma verdade.
É minha verdade mais urgente.
Tava na ponta do meu centro de linguagem pronta pra pular até a boca, escorregar pela língua, bater no lábio inferior, quicar até o superior e fazer todo o caminho até teu ouvido.

Ou mais especificamente, por impulsos nervosos e mais um monte de processos, mexer meus dedos coordenadamente e fazer uns pedaços brancos da tela se tornarem pretos, criando outra espécie de linguagem pra te fazer entender o que meus olhos, boca, coração, pernas e tantas outras partes do meu corpo tentam dia-a-dia, minuto-a-minuto, hífen-a-hífen te dizer.

Q u e r o.
Unir essas letras que no teclado ou no cérebro não estão tão unidas quanto no meu mais nobre contexto pra deixar minha excitação atravessar esses quilômetros que nos separam e cair sinestesicamente no teu colo. Vírgulas não me cabem mais. Talvez você queria tomar fôlego, eu só posso esperar correndo em volta de você.

O Z e o X estão ali tão pertinho e normalmente não se encontram na mesma palavra, talvez por algum nível de inimizade. Quem sabe o Z não paquerou uma certa letrinha que fazia o X virar A, M, O ou até R de tanto que a deixava atônita, ser ar, sem papel ou o que seja.
Por mais que você tenha dito que não é possível, sabe o que andam contando à boca miúda por aí? O H, que tava ficando com o L, foi visto com o N numa dessas festiNHas que acontece nas quartas-feiras chuvosas ou nos domingos que quase ninguém cita quando perguntam "qual teu dia favorito?"

Tá vendo? Só podemos confiar nos nossos S's, F's e U's mesmo. Esses que andam nessas ruas, que se escondem junto com a noite não merecem um J q seja.



Bah. o quanto te cansa muita letra junta? o quanto te cansa muito carinho junto? o quanto te cansaria, ou tiraria todo teu interesse se eu admitisse que carinho e letra só me apetecem no mais excessivo dos excessos?


10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

Pronto. Agora junta esse monte de letrinha e lê tudo ao pé do meu ouvido.

Friday, March 21, 2008

Crisnia.

Apenas eu, você e aqueles jorros de luzes. Algum espírito brilhante me empurra ao encontro de vários sentimentos novos. Eu juro que consigo sentir.

Todo esse vento... Poesia.

Eu consigo ver partir minhas expectativas.
Não!
Eu não quero mais nada que não seja novo, forte e paupável.
Eu quero transcender!
Sentir que o mundo pode ser meu. Trocar o senso de pertencer pela incrível possibilidade de ter o mundo aos meus pés. E ser dona de cada ação, cada mínimo movimento dos meus cabelos, cada mudança e cada reparação que é perfeitamente controlada por mim. Troco a Condescendência pelo controle.

naquele lugar,
naquela noite,
onde meus limites se auto-estrangularam,
você se aproxima lento e tão tão tão pequeno que me dá pena, e acaba por quebrar solicitamente meu devaneio.

-Oi, tudo bem?
-Agora? Finalmente consigo entender o porquê de eu estar aqui. [palavras num novo tom de voz seco e úmido ao mesmo tempo; e um sorriso estranho, um sorriso que anteriormente não era meu. Vivo como cada uma das minhas células! O melhor que eu já tive]
-[b]Quem é você?[/b]
-Com certeza mais do que preciso ser.

vejam.
não que seja necessário,
eu poderia ser cada coisa que quisesse.
mas naquele noite não! Ser a melhor me bastaria. Ser única e suficinte para tudo que sou eu!
Mediocridade pro lixo! Agora é tudo ou nada.




com licença,
eu preciso ir, já começa a amanhecer.






te amo minha praaaima =]